Sonetos de um tempo em que os sonhos e a magia flutuavam em minhas varandas

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Afloração da dor...




Quando a noite surge e se agiganta
Queda em silêncio tudo lá fora,
Em meu coração, a tristeza é tanta
Sonhos não há...solidão ancora...

Lembranças trazem o nó na garganta
Desconsolada minh'alma chora
Nem mesmo a lua, essa dor espanta
Quando a pungente saudade aflora...

Tudo acabou...não há mais sentido
Não ter mais teus beijos...cruel castigo
Dos teus abraços, meu corpo tolhido...

Nada mais há, só lamento contido
Como barco sem rumo, a esmo, sigo
A magia, o encanto do ontem, perdidos...
(ania)


..................................................

Linda e inspirada interação do poeta JAIRCLOPES...Obrigada
poeta, é sempre uma honra ter você por aqui!!!

NOITE

A noite serena todo o mal espanta 
Dona absoluta do que há lá fora 
Porquanto sua influência é tanta 
Que todo meu alumbramento escora. 

A noite tudo cobre, como manta 
Deixa saudade quando vai embora 
Porém, enquanto noite, nos encanta 
E o melhor do ser humano aflora. 

Há contudo, certa falta de sentido 
No atro que mais parece um castigo 
E que não deixa saber com que lido. 

Mas, apesar e portanto, eu sigo 
Devagar, tateando e contido 
E apenas eu vai andando comigo. 
(JAIRCLOPES)



7 comentários:

  1. Lindo soneto, tristes versos com bela inspiração! Há que se recuperar a magia e encanto! bjs, chica

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  2. Con que acierto están expresados los sentimientos. El soneto es esencialmente triste pero lleno de sinceridad. Todo él
    es un acierto de la métrica y la rima. Enhorabuena. Un abrazo. Franziska

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  3. um escrever assim é catártico...colocar em palavras a alma nua e dolorida...

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  4. Uma saudade que persiste dentro d'alma.
    Muito lindo Ania.
    Bjs e obrigada pela visita.
    Carmen Lúcia.

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  5. Ania,
    Digamos que teu belo soneto me estimulou a também fazer um. Não é plágio, apenas aproveitei o tema NOITE e algumas das tuas excelentes rimas. Peço perdão se invadi tua praia e pela qualidade discutível de meu soneto.

    A noite serena todo o mal espanta
    Dona absoluta do que há lá fora
    Porquanto sua influência é tanta
    Que todo meu alumbramento escora.

    A noite tudo cobre, como manta
    Deixa saudade quando vai embora
    Porém, enquanto noite, nos encanta
    E o melhor do ser humano aflora.

    Há contudo, certa falta de sentido
    No atro que mais parece um castigo
    E que não deixa saber com que lido.

    Mas, apesar e portanto, eu sigo
    Devagar, tateando e contido
    E apenas eu vai andando comigo.

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  6. Boa noite, amiga Ania !
    Belíssimo soneto, falando baixinho
    à alma, fazendo-me chorar...
    Parabéns e um caloroso abraço, querida.
    Sinval.

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  7. ania,

    se guardo da vida uma derrota , é esta de ter passado por ela sem nunca ter podido me expressar através da poesia.

    Incompetência completa e confessa!

    Um abração carioca.

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