Sonetos de um tempo em que os sonhos e a magia ainda flutuavam em minhas varandas...
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
Despetalar...
Se o tempo não fosse meu próprio algoz,
Se não seguisse esse infeliz roteiro
De seguir em frente, inclemente, atroz,
Despetalando em mim, o que fora inteiro...
Não fosse o tempo, esse louco vendaval
Que tudo leva, deixando só o declínio
Dos sonhos , hoje amarga dor, abissal,
Há muito, guardados, em secreto escrínio...
Se fosse o tempo, brisa, não temporal,
Só áureos ventos em tranquilas veredas
Que afagasse como plumas e sedas...
Não haveria esse medo descomunal
O que está por vir, não me afligiria mais
Esse despetalar, não sentiria, jamais...
(ania)
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Tão bonito e verdadeiro... Este despetalar quase imperceptível, mas presente e cruel nos acompanha todos os dias. Mas a essência da rosa, íntegra, toda, bela e fresca, ainda perdura em nós. Sempre. Abraços...
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