Sonetos de um tempo em que os sonhos e a magia flutuavam em minhas varandas

domingo, 11 de março de 2012

Eu e o Espelho...





Ao me ver no espelho refletida,
Não encontro minha face de outrora,
Só mostra essa tristeza bandida,
E um cansaço que nos olhos, aflora...

Não vejo mais sentido na vida
Hoje, só solidão em mim, ancora
Pela ação do tempo, fui agredida,
Sigo sem rumo, só, estrada afora...

Eu não fui sempre assim, até sorria
Fazia versos, esbanjava alegria
Não tinha medo de no espelho olhar...

Hoje, tão triste, não sinto a magia
Nem o mesmo o encanto que antes sentia
Ao no espelho, minha face, mirar...
(ania)

3 comentários:

  1. Belo poema, envelhecer é uma tarefa árdua, gostei dos seus escritos!

    saudações

    ResponderExcluir
  2. Seu blog é muito fofo. Adorei os poemas!!!

    Vou vvoltar mais vezes!!!

    Bjinhos

    http://blogandocommeninas.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
  3. O grande problema dos espelhos é que eles nos mostram mais do que o corpo, mostram-nos a alma! Uma alma castigada ou magoada nos faz ver uma imagem retorcida, como galjos secos de uma árvore já sem vida. Mas nem sempre a imagem real é esta que enxergamos. Se conseguirmos rasgar o véu que nos cega e olhar novamente a vida com alegria, se conseguirmos reencontrar a paz interior, nossa imagem no espelho irá se transformar, como num passe de mágica voltaremos a ser belas e frescas, mesmo com a maturidade e as marcas que o grande senhor chamado tempo nos impõe. Abraços sempre.

    ResponderExcluir