Sonetos de um tempo em que os sonhos e a magia flutuavam em minhas varandas

sexta-feira, 3 de março de 2017

De repente...





De repente, sem esperar, a partida
os sonhos esparramados pelo chão
e as lembranças muito vívidas
machucando, ferindo o coração...

De repente, sem esperar, a partida
sem nem ao menos, uma explicação,
Pela face a lágrima sentida
e o olhar desolado, sem direção...

A magia e o encanto quebrados
o peito dorido não quer aceitar
o sonho preso não sabe mais voar...

Com a alma e o coração maltratados
o sentir retido sem poder se mostrar
sou fantasma de mim mesma, a vagar...
(ania)


Obrigada poeta JAIRCLOPES pela perfeita interação, honrada sinto-me
em lhe inspirar!


  1. Despedida

    Quando alguém permanece depois da partida
    Com toda certeza lhe falta direção
    E passa a repensar os valores da vida
    Percebendo-os como realmente o são.

    Porquanto, quem se vai tem bilhete só de ida
    Em geral, sequer tem alguma explicação
    E, parece, o mais importante é sua lida
    De modo que ao seu companheiro lhe diz não.

    Fica amarga cicatriz de laços quebrados
    Que, contrário a tudo, devemos aceitar
    Porque no amor é impossível dançar sem par.

    Porém, nas despedidas, ambos são coitados
    Então cada um carrega consigo o seu avatar
    Coração na mão, neste universo a vagar.
    (JAIRCLOPES)

    .......................................



    Linda e inspirada interação de autoria do poeta Laerte S. Tavares...obrigada poeta,
    sinto-me imensamente honrada e feliz por se inspirar em meu soneto!



    De repente a dor de uma partida
    Inesperada a maltratar a gente 
    Fere feroz qual ferro ao fogo quente,
    Mas, na verdade, é esta a nossa vida.

    Como nasce para enfrentar a lida 
    Do dia a dia a adiar à frente
    A própria morte, mais que de repente
    Um dia chega sem outra saída.

    Se nada é eterno também o amor,
    Sendo amor Deus, e se nosso o for
    Será eterno mas será humano

    Que durará em seu alto esplendor
    Na eternidade do louco teor 
    Do sentimento do amor soberano.
    (Laerte S. Tavares)


5 comentários:

  1. Despedida

    Quando alguém permanece depois da partida
    Com toda certeza lhe falta direção
    E passa a repensar os valores da vida
    Percebendo-os como realmente o são.

    Porquanto, quem se vai tem bilhete só de ida
    Em geral, sequer tem alguma explicação
    E, parece, o mais importante é sua lida
    De modo que ao seu companheiro lhe diz não.

    Fica amarga cicatriz de laços quebrados
    Que, contrário a tudo, devemos aceitar
    Porque no amor é impossível dançar sem par.

    Porém, nas despedidas, ambos são coitados
    Então cada um carrega consigo o seu avatar
    Coração na mão, neste universo a vagar.

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  2. Es un trabajo original en la respuesta y bien se merece tal comentador un lugar de importancia en tu blog y que hace de gala tan exquisita en su respuesta.

    Hace tiempo que echaba de menos tus esplendidos sonetos. Gracias por la música. Con afecto y admiración Franziska

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  3. As partidas dilaceram sempre o coração de quem ainda ama.
    Dois poemas maravilhosos, parabéns aos poetas.
    Beijinhos
    Maria

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  4. Ania passei para desejar um excelente fim de semana
    Beijinhos
    Maria

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  5. De repente a dor de uma partida
    Inesperada a maltratar a gente
    Fere feroz qual ferro ao fogo quente,
    Mas, na verdade, é esta a nossa vida.

    Como nasce para enfrentar a lida
    Do dia a dia a adiar à frente
    A própria morte, mais que de repente
    Um dia chega sem outra saída.

    Se nada é eterno também o amor,
    Sendo amor Deus, e se nosso o for
    Será eterno mas será humano

    Que durará em seu alto esplendor
    Na eternidade do louco teor
    Do sentimento do amor soberano.

    Grande abraço. Laerte.

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