Sonetos de um tempo em que os sonhos e a magia flutuavam em minhas varandas

quarta-feira, 14 de junho de 2017

Caderno Amarelado...





De vez em quando vem essa melancolia
que remete, sem clemência, ao passado
revivendo sonhos há muito encerrados,
ao folhear meu antigo caderno de poesias...

Poemas compostos ao som de sinfonias,
linha por linha no amor inspirados,
versos com emoção, versos apaixonados,
tempo feliz, quando tudo era alegria...

Tempo de sonhos, de versos e flores,
tempo de paixão, de pele...de ardores,
de mil sonhos...tempo enfeitiçado...

Lembranças surgem...saudade desatina
Sempre que a noite se veste de neblina,
Relendo versos no caderno amarelado...
(ania)


Obrigada poeta JAIRCLOPES por abrilhantar minha página com mais um lindíssimo soneto seu!!!

E sempre há mensagem na melancolia
Ela que, vem para ligar-nos ao passado
Que traz-nos memórias que há decorado
Tal como, a gente talvez assim queria.

Poemas compostos ao som de sinfonia
Colocam as dores e amores lado a lado
Com um ao outro definitivamente atado
Num tecer que somente um romance fia.

Vago tempo de sonhos, de flores e versos 
Com dois namorados numa paixáo submersos
Sempre cada um pelo outro enfeitiçado.

Se, então, nehuma tragédia desatina
Vale escutar o que se diz ali na esquina
Porque, se sabe, o amor solta ali seu brado.
(JAIRCLOPES)



4 comentários:

  1. Cara Ania, as páginas amareladas dos nossos cadernos antigos fazem parte de um mundo paralelo, quase sempre olvidado pelo cotidiano de nossas vidas, via de regra, centradas num futuro inviável, pois incerto, imprevisível e inalcançável, porque a realidade táctel da existência é o presente; o aqui e o agora, mas, vez por outra, quando desligamos o piloto automático, inevitavelmente, a alma se desloca ao tempo das páginas amareladas e se pergunta: se fosse-me permitido retroagir, em carne e osso, àquele tempo, e sabendo ou pensando saber da realidade objetiva como agiriámos diante das mesmas coisas, vistas por estes olhos impregnados de lembranças? Impossível saber, porque não existe a menor possibilidade de voltar àquela época. Então sonhemos! Deixemos que nosso eu desça às memórias amareladas do pretérito e retire a substância necessária à manutenção da saúde do espírito, e quando sentirmos vontade, gritemos: recordar é viver!

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  2. Ania,
    Como das outras vezes, usei tuas rimas e, eventualmente, teu tema, então "colei" este soneto em homenagem ao teu.

    E sempre há mensagem na melancolia
    Ela que, vem para ligar-nos ao passado
    Que traz-nos memórias que há decorado
    Tal como, a gente talvez assim queria.

    Poemas compostos ao som de sinfonia
    Colocam as dores e amores lado a lado
    Com um ao outro definitivamente atado
    Num tecer que somente um romance fia.

    Vago tempo de sonhos, de flores e versos
    Com dois namorados numa paixáo submersos
    Sempre cada um pelo outro enfeitiçado.

    Se, então, nehuma tragédia desatina
    Vale escutar o que se diz ali na esquina
    Porque, se sabe, o amor solta ali seu brado.

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  3. As recordações de outros tempos sempre tocam o nosso coração e trazem por vezes uma certa nostálgia.
    Lindos poemas o seu e o do Jair.
    Beijinhos
    Maria de
    Divagar Sobre Tudo um Pouco

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  4. Oi, Ania, bom dia !
    Como é bom falar de amor, ainda que
    resida no passado. Feliz de quem amou...
    Um fraterno abraço, querida.
    Sinval.


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